Esta entrevista foi concedida à revista Mais Destaque, de São Paulo, em 2006.
Michelson Borges é natural de Criciúma, SC, e hoje reside em Tatuí, SP, onde desempenha as funções de editor de notícias da Revista Adventista, editor da revista Conexão JA e da Lição da Escola Sabatina dos Jovens, na Casa Publicadora Brasileira. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina, foi professor de História em Florianópolis e um dos editores do jornal da Rádio Novo Tempo daquela capital, onde também apresentava um programa de divulgação científica. Como autor, destacam-se seus livros A História da Vida, Por Que Creio e Se Deus Fez, Se Deus Não Fez (sobre criacionismo), A Chegada do Adventismo ao Brasil, Nos Bastidores da Mídia e a “Série Grandes Impérios e Civilizações”, composta por seis volumes. É membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br), mestrando em Teologia pelo Unasp, editor do site www.criacionismo.com.br e do blog www.michelsonborges.com, e tem realizado palestras sobre comunicação e criacionismo por todo o Brasil. É casado com Débora Tatiane Martins Borges, com quem tem duas filhas: Giovanna e Marcella.
Comente como foi a sua formação religiosa e acadêmica.
Fui criado num lar católico e minha mãe, sempre muito religiosa, foi meu modelo nesse aspecto. Aos 16 anos tive meu primeiro contato com a Igreja Adventista do Sétimo Dia, por meio de um colega de escola. Depois de dois anos e meio de muito estudo e lutas, decidi tornar-me adventista (os detalhes dessa história estão no e-book "...E Deus Nos Uniu", disponível em meu blog www.michelsonborges.com). Fui batizado no fim de 1991, em Criciúma, SC. No ano seguinte, mudei-me para Florianópolis, a fim de iniciar a faculdade de jornalismo na UFSC, onde me formei em 1996.
Quais as maiores dificuldades que o jovem Michelson sofreu e como conseguiu vencê-las?
Em meu tempo de universitário, foram a falta de recursos financeiros suficientes para me manter numa cidade distante da dos meus pais e o ambiente secularizado do campus. Em ambos os casos, a vitória dependeu de íntima comunhão com Deus. Entendi desde cedo que não importava o quanto estivesse ocupado com trabalhos e estudos, o tempo para o relacionamento devocional com Deus não poderia ser passado por alto. E Deus fez a parte dEle: me deu forças para testemunhar e manter os princípios num ambiente difícil e proveu-me de recursos suficientes para sobreviver e me formar.
Como é o marido e pai Michelson?
Faço de tudo ao meu alcance para dedicar tempo de qualidade à minha família. Amo muito "minhas mulheres" (são três em casa: minha esposa Débora e minhas filhas Giovanna, de quatro anos, e Marcella, de um). Entendo que, depois de Deus, elas são o que de mais precioso tenho na vida. Chegar em casa após um dia estafante de trabalho é como entrar num oásis de paz e alegria. Receber o abraço de minha esposa e poder brincar com minhas filhas são coisas que não têm preço. Ah, e não posso esquecer de mencionar nossa companheira e amiga que já está conosco há oito anos: nossa cadelinha Laila.
Como você se descobriu jornalista? E qual conselho daria a alguém disposto a optar por uma profissão?
Foi quando me tornei editor de um jornalzinho da escola técnica onde fiz o ensino médio. Confesso que produzir os textos, ilustrá-los e fazer reportagens me dava até mais prazer do que estudar no curso de química. Foi assim que descobri que preferia o jornalismo à carreira científica e até mesmo artística (já que meu hobby preferido é desenhar).
O conselho que posso dar a quem almeja o jornalismo é que leia muito e escreva sempre. Conhecimento geral nunca é demais. Pensamento crítico e analítico também ajuda, por isso é importante consumir os produtos da mídia com "filtros" adequados.
Sabemos que você é perseverante. Conte-nos, resumidamente, como obteve o posto que ocupa atualmente na Casa Publicadora Brasileira.
Sempre acreditei que meu chamado para ser editor na Casa Publicadora Brasileira foi um milagre e um presente de Deus. Primeiro, porque era muito jovem quando fui chamado, era ainda recém-convertido e não tinha o curso de Teologia. Segundo, pelo fato de não conhecer ninguém aqui em São Paulo ou mesmo na obra adventista. Quando cursava Jornalismo, sonhava em trabalhar na CPB, mas achava que era um sonho praticamente impossível.
O que fiz foi enviar meu currículo por duas vezes, escrever muitos artigos e orar. Apenas dois dos meus textos foram publicados antes de eu ser chamado (um ainda quando era estudante), mas isso tornou meu trabalho conhecido. O resto ficou por conta de Deus.
Você é conhecido por estudar e escrever sobre Criacionismo. O que o conduz a esse tema?
Minha motivação para escrever sobre o criacionismo se deve ao fato de eu ter sido evolucionista até os 18 anos. Fiquei feliz e desapontado, ao mesmo tempo, ao descobrir, há cerca de 15 anos, que havia outra versão para a história da vida. Aprofundei-me nos estudos sobre a controvérsia entre o criacionismo e o evolucionismo a fim de tomar minha própria decisão, e pude perceber que o criacionismo, diferentemente do que a grande imprensa tenta fazer crer, é mais coerente com os fatos observados e com a ciência experimental. Todo esse esforço e essa busca pessoal resultaram em três livros sobre o assunto (A História da Vida, Por Que Creio e Se Deus Fez, Se Deus Não Fez) e um CD-ROM intitulado "História da Vida" (todos lançados pela CPB), além da criação de um site (www.criacionismo.com.br).
Você também escreve (criticamente) sobre a mídia e assuntos veiculados nela. Comente quais foram os seus objetivos ao lançar o livro Nos Bastidores da Mídia e seu (excelente) blog.
Entendo que a mídia secular, de modo geral, está desempenhando papel preponderante no sentido de moldar a mentalidade das pessoas, preparando-as (ou melhor, despreparando-as) para as cenas finais do que se pode chamar o grande conflito entre o bem e o mal. A ênfase exagerada em temas como evolucionismo, espiritualismo, materialismo e sensualismo (distorcido) tende a afastar as pessoas da verdadeira adoração ao Criador, nos moldes de Apocalipse 14. O livro e o blog consistem, antes de tudo, em denúncias contra essa avalanche midiática cujo objetivo (consciente ou não por parte dos que estão nos bastidores da mídia) é anestesiar a mente da que pode ser a última geração a viver na Terra, antes da volta de Jesus.
A CPB está lançando a revista Conexão JA. Como essa publicação pode chegar às mãos de todos os jovens adventistas do Brasil? Há planos para que isso aconteça?
A Conexão JA vem cobrir uma lacuna editorial que tínhamos havia alguns anos. As crianças e os adultos de nossa igreja estão bem supridos de material, com as revistas Nosso Amiguinho Júnior, Nosso Amiguinho, Vida e Saúde, Revista Adventista e outras. Mas os jovens não tinham uma revista que refletisse seus anseios e modo de ser e pensar. Assim, a Divisão Sul-Americana, em parceria com a CPB, decidiu lançar uma publicação cujo publico alvo fosse o jovem adventista (na faixa etária compreendida entre 18-25 anos), o que não quer dizer que outros jovens, que não sejam da igreja, não irão apreciá-la. A idéia é conectar o jovem com Deus, com outros jovens e com as coisas boas da vida. O número especial de estréia já foi impresso e está circulando pelas igrejas e já é possível assinar a revista que, inicialmente, será trimestral. Veja informações no site www.conexaoja.com
Qual a sua opinião sobre Ministérios Independentes, como a revista Mais Destaque, feita para a juventude adventista e que possui - em suas 12 edições - diversos textos de sua autoria?
Se o objetivo se alinha com o da Igreja Adventista, ou seja, motivar o ser humano a um encontro com Deus, destacando assuntos edificantes como saúde, família e religião, sou plenamente favorável. É preciso unir esforços nessa arrancada evangelística final, no espírito da oração de Jesus em João 17.
Para terminar, gostaríamos de saber as suas expectativas para os próximos dez anos de História. Que conselho você dá a cada jovem, adventista ou não, que termina de ler esta entrevista muito especial?
Sinceramente, não gostaria de ter expectativas terrenas para os próximos dez anos. Gostaria muito é de criar minhas filhas na Nova Jerusalém, finalmente a salvo das coisas horríveis que estão acontecendo neste planeta e que tendem a piorar. Espero já estar com Jesus, a bordo da santa cidade, naquela viagem maravilhosa de mil anos pelo Universo, antes de habitarmos a nova Terra para sempre. Mas se isso não acontecer dentro dos próximos dez anos, peço forças a Deus para prosseguir crendo e anunciando a vinda de Jesus, ajudando outros a se encontrarem com o Mestre.
Aos jovens, quero apenas dizer que essa é uma fase muito bonita para decidir andar com Cristo de forma incondicional (como fiz lá nos meus 18 anos). O caminho que Deus nos oferece nos poupa de muitos aborrecimentos e tristezas que não precisam nos acompanhar pelo resto da vida. Deus quer contar com sua força e entusiasmo, mas acima de tudo, quer o seu coração.
Michelson Borges é natural de Criciúma, SC, e hoje reside em Tatuí, SP, onde desempenha as funções de editor de notícias da Revista Adventista, editor da revista Conexão JA e da Lição da Escola Sabatina dos Jovens, na Casa Publicadora Brasileira. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina, foi professor de História em Florianópolis e um dos editores do jornal da Rádio Novo Tempo daquela capital, onde também apresentava um programa de divulgação científica. Como autor, destacam-se seus livros A História da Vida, Por Que Creio e Se Deus Fez, Se Deus Não Fez (sobre criacionismo), A Chegada do Adventismo ao Brasil, Nos Bastidores da Mídia e a “Série Grandes Impérios e Civilizações”, composta por seis volumes. É membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br), mestrando em Teologia pelo Unasp, editor do site www.criacionismo.com.br e do blog www.michelsonborges.com, e tem realizado palestras sobre comunicação e criacionismo por todo o Brasil. É casado com Débora Tatiane Martins Borges, com quem tem duas filhas: Giovanna e Marcella.
Comente como foi a sua formação religiosa e acadêmica.
Fui criado num lar católico e minha mãe, sempre muito religiosa, foi meu modelo nesse aspecto. Aos 16 anos tive meu primeiro contato com a Igreja Adventista do Sétimo Dia, por meio de um colega de escola. Depois de dois anos e meio de muito estudo e lutas, decidi tornar-me adventista (os detalhes dessa história estão no e-book "...E Deus Nos Uniu", disponível em meu blog www.michelsonborges.com). Fui batizado no fim de 1991, em Criciúma, SC. No ano seguinte, mudei-me para Florianópolis, a fim de iniciar a faculdade de jornalismo na UFSC, onde me formei em 1996.
Quais as maiores dificuldades que o jovem Michelson sofreu e como conseguiu vencê-las?
Em meu tempo de universitário, foram a falta de recursos financeiros suficientes para me manter numa cidade distante da dos meus pais e o ambiente secularizado do campus. Em ambos os casos, a vitória dependeu de íntima comunhão com Deus. Entendi desde cedo que não importava o quanto estivesse ocupado com trabalhos e estudos, o tempo para o relacionamento devocional com Deus não poderia ser passado por alto. E Deus fez a parte dEle: me deu forças para testemunhar e manter os princípios num ambiente difícil e proveu-me de recursos suficientes para sobreviver e me formar.
Como é o marido e pai Michelson?
Faço de tudo ao meu alcance para dedicar tempo de qualidade à minha família. Amo muito "minhas mulheres" (são três em casa: minha esposa Débora e minhas filhas Giovanna, de quatro anos, e Marcella, de um). Entendo que, depois de Deus, elas são o que de mais precioso tenho na vida. Chegar em casa após um dia estafante de trabalho é como entrar num oásis de paz e alegria. Receber o abraço de minha esposa e poder brincar com minhas filhas são coisas que não têm preço. Ah, e não posso esquecer de mencionar nossa companheira e amiga que já está conosco há oito anos: nossa cadelinha Laila.
Como você se descobriu jornalista? E qual conselho daria a alguém disposto a optar por uma profissão?
Foi quando me tornei editor de um jornalzinho da escola técnica onde fiz o ensino médio. Confesso que produzir os textos, ilustrá-los e fazer reportagens me dava até mais prazer do que estudar no curso de química. Foi assim que descobri que preferia o jornalismo à carreira científica e até mesmo artística (já que meu hobby preferido é desenhar).
O conselho que posso dar a quem almeja o jornalismo é que leia muito e escreva sempre. Conhecimento geral nunca é demais. Pensamento crítico e analítico também ajuda, por isso é importante consumir os produtos da mídia com "filtros" adequados.
Sabemos que você é perseverante. Conte-nos, resumidamente, como obteve o posto que ocupa atualmente na Casa Publicadora Brasileira.
Sempre acreditei que meu chamado para ser editor na Casa Publicadora Brasileira foi um milagre e um presente de Deus. Primeiro, porque era muito jovem quando fui chamado, era ainda recém-convertido e não tinha o curso de Teologia. Segundo, pelo fato de não conhecer ninguém aqui em São Paulo ou mesmo na obra adventista. Quando cursava Jornalismo, sonhava em trabalhar na CPB, mas achava que era um sonho praticamente impossível.
O que fiz foi enviar meu currículo por duas vezes, escrever muitos artigos e orar. Apenas dois dos meus textos foram publicados antes de eu ser chamado (um ainda quando era estudante), mas isso tornou meu trabalho conhecido. O resto ficou por conta de Deus.
Você é conhecido por estudar e escrever sobre Criacionismo. O que o conduz a esse tema?
Minha motivação para escrever sobre o criacionismo se deve ao fato de eu ter sido evolucionista até os 18 anos. Fiquei feliz e desapontado, ao mesmo tempo, ao descobrir, há cerca de 15 anos, que havia outra versão para a história da vida. Aprofundei-me nos estudos sobre a controvérsia entre o criacionismo e o evolucionismo a fim de tomar minha própria decisão, e pude perceber que o criacionismo, diferentemente do que a grande imprensa tenta fazer crer, é mais coerente com os fatos observados e com a ciência experimental. Todo esse esforço e essa busca pessoal resultaram em três livros sobre o assunto (A História da Vida, Por Que Creio e Se Deus Fez, Se Deus Não Fez) e um CD-ROM intitulado "História da Vida" (todos lançados pela CPB), além da criação de um site (www.criacionismo.com.br).
Você também escreve (criticamente) sobre a mídia e assuntos veiculados nela. Comente quais foram os seus objetivos ao lançar o livro Nos Bastidores da Mídia e seu (excelente) blog.
Entendo que a mídia secular, de modo geral, está desempenhando papel preponderante no sentido de moldar a mentalidade das pessoas, preparando-as (ou melhor, despreparando-as) para as cenas finais do que se pode chamar o grande conflito entre o bem e o mal. A ênfase exagerada em temas como evolucionismo, espiritualismo, materialismo e sensualismo (distorcido) tende a afastar as pessoas da verdadeira adoração ao Criador, nos moldes de Apocalipse 14. O livro e o blog consistem, antes de tudo, em denúncias contra essa avalanche midiática cujo objetivo (consciente ou não por parte dos que estão nos bastidores da mídia) é anestesiar a mente da que pode ser a última geração a viver na Terra, antes da volta de Jesus.
A CPB está lançando a revista Conexão JA. Como essa publicação pode chegar às mãos de todos os jovens adventistas do Brasil? Há planos para que isso aconteça?
A Conexão JA vem cobrir uma lacuna editorial que tínhamos havia alguns anos. As crianças e os adultos de nossa igreja estão bem supridos de material, com as revistas Nosso Amiguinho Júnior, Nosso Amiguinho, Vida e Saúde, Revista Adventista e outras. Mas os jovens não tinham uma revista que refletisse seus anseios e modo de ser e pensar. Assim, a Divisão Sul-Americana, em parceria com a CPB, decidiu lançar uma publicação cujo publico alvo fosse o jovem adventista (na faixa etária compreendida entre 18-25 anos), o que não quer dizer que outros jovens, que não sejam da igreja, não irão apreciá-la. A idéia é conectar o jovem com Deus, com outros jovens e com as coisas boas da vida. O número especial de estréia já foi impresso e está circulando pelas igrejas e já é possível assinar a revista que, inicialmente, será trimestral. Veja informações no site www.conexaoja.com
Qual a sua opinião sobre Ministérios Independentes, como a revista Mais Destaque, feita para a juventude adventista e que possui - em suas 12 edições - diversos textos de sua autoria?
Se o objetivo se alinha com o da Igreja Adventista, ou seja, motivar o ser humano a um encontro com Deus, destacando assuntos edificantes como saúde, família e religião, sou plenamente favorável. É preciso unir esforços nessa arrancada evangelística final, no espírito da oração de Jesus em João 17.
Para terminar, gostaríamos de saber as suas expectativas para os próximos dez anos de História. Que conselho você dá a cada jovem, adventista ou não, que termina de ler esta entrevista muito especial?
Sinceramente, não gostaria de ter expectativas terrenas para os próximos dez anos. Gostaria muito é de criar minhas filhas na Nova Jerusalém, finalmente a salvo das coisas horríveis que estão acontecendo neste planeta e que tendem a piorar. Espero já estar com Jesus, a bordo da santa cidade, naquela viagem maravilhosa de mil anos pelo Universo, antes de habitarmos a nova Terra para sempre. Mas se isso não acontecer dentro dos próximos dez anos, peço forças a Deus para prosseguir crendo e anunciando a vinda de Jesus, ajudando outros a se encontrarem com o Mestre.
Aos jovens, quero apenas dizer que essa é uma fase muito bonita para decidir andar com Cristo de forma incondicional (como fiz lá nos meus 18 anos). O caminho que Deus nos oferece nos poupa de muitos aborrecimentos e tristezas que não precisam nos acompanhar pelo resto da vida. Deus quer contar com sua força e entusiasmo, mas acima de tudo, quer o seu coração.